A utilização de práticas terapêuticas alternativas pelos profissionais de saúde tem crescido em ritmo acelerado, em especial entre os nutricionistas desde 2002, quando o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) promoveu um seminário do Sistema CFN-CRN, em parceria com a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) e a Sociedade Brasileira de Nutrição Clínica (SBNC), para debater o uso da fitoterapia e de outras terapias complementares como acupuntura, homeopatia, terapia floral, oligoterapia e iridologia. O principal resultado desses debates foi a Resolução do CFN nº. 402/06, que regulamenta a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas.
De acordo com a nutricionista e consultora Andrea Burgos, a fitoterapia é uma ferramenta importante para o tratamento de diversos agravos que acometem à saúde das pessoas. “Acredito no potencial curativo dos alimentos e na fitoterapia como um fôlego para resgatarmos uma alimentação mais integral”, afirma a consultora da Nutriglobal Consultoria.
O tratamento fitoterápico pode ser usado na prevenção e cura da dislipidemia, alteração hepática, diabetes, hipertensão, enxaqueca, insônia, sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM) e doenças crônicas. “Na verdade, a maioria das desordens da saúde podem ser equilibradas com o fitoterápico”, garante Andrea.
Benefícios da fitoterapia
Para a nutricionista representante do CRN-5 no CFN, Edilene Araújo, o tratamento fitoterápico é importante porque serve como um elemento curativo e preventivo de baixo custo. “O tratamento é barato e vem atestando bons resultados”, afirma.
Outras vantagens do tratamento com fitoterápicos são a redução de efeitos colaterais e a ação mais contínua e suave. “O objetivo quando se usa o fitoterápico é reequilibrar o corpo e não apenas apagar os sintomas. Se o corpo mostra algum sinal é porque tem algum sistema em descompasso, então a reorganização do sistema é importante”, afirma Andrea Burgos.
O uso de plantas medicinais e fitoterápicos é incentivado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Este publicou uma portaria que aprova esta utilização com um caráter de atuação multidisciplinar no Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, segundo Edilene Araújo, as Unidades de Saúde já solicitam as fórmulas. Entretanto, para Andrea Burgos, apenas os municípios mais conectados com a natureza têm dado o devido valor à terapia das plantas. “É o caso de Mucugê na Bahia, onde o prefeito incentiva e já comprou fitoterápicos para serem utilizados na região. Vale destacar, porém, que a mão de obra experiente nessa área ainda é escassa”, diz.
Se no âmbito do SUS a prescrição de fitoterápicos ainda é tímida, nas clínicas e hospitais provados o crescimento tem sido maior. “No meu consultório a demanda tem aumentado muito, pelo menos três entre 10 pacientes costumam fazer alguma referência ou solicitar algum fitoterápico”, conta Andrea Burgos.
Em sua prática profissional, a nutricionista tem acompanhado diversos pacientes que a procuram para resolver distúrbios como a hipercolesterolemia (colesterol alto). Com o uso de alguns nutrientes - fibra solúvel, ômega 3 e os fitoquímicos do alho - ela consegue resolver os casos desse distúrbio sem uso de medicamentos.
Além de prescrever os fitoterápicos em diferentes formas farmacêuticas para uso via oral, é possível fazer uso alimentício destes produtos, na forma de chás e temperos. “A recomendação inicial sempre deve ser as infusões e temperos, por último vem a prescrição via oral. A utilização culinária da terapia, com os adequados cuidados de temperatura e forma de preparação para potencializar certos princípios ativos, costuma gerar resultados terapêuticos positivos”, destaca Andrea.
Prescrição
Para Edilene Araújo, “a prescrição, infelizmente, não é obrigatória. Se uma pessoa se dirigir à farmácia e solicitar uma fórmula, ela acaba adquirindo. Mas, o ideal é ter acesso ao tratamento sob orientação profissional adequada”, destaca. Outra precaução é recomendar produtos de origem conhecida, com eficácia comprovada por estudos científicos. Se for um produto in natura, é preciso estar atento à procedência da planta para que o consumidor observe as condições higiênico-sanitárias da espécie vegetal prescrita e também sobre a forma correta do seu preparo e uso.
Andrea Burgos alerta que o uso indiscriminado pode trazer enorme risco à saúde, principalmente para pacientes idosos que tomam muito medicamentos, podendo gerar interações complicadas, desde sobrecarga até reduzir efeito de algum medicamento. A prescrição deve ser feita de forma cautelosa e individualizada, já que os princípios ativos são eficientes no reequilíbrio do corpo apenas quando usados de forma correta. “Existem quantidade e horário de administração adequados para cada componente”, conclui.
É importante, ainda, ficar atento aos modismos, especialmente aqueles que usam plantas no tratamento da obesidade. Como a legislação vigente deixa brechas para o uso inadequado de espécies vegetais e a pesquisa e registro dos medicamentos não acompanham essas novidades, é preciso ter uma postura crítica em relação às plantas que às vezes são apresentadas como solução para todos (ou vários) problemas de saúde. Atualmente a ANVISA aprova o registro de mais de 40 plantas.
sábado, 20 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Saiba escolher o melhor óleo para preparar alimentos
Os óleos são imprescindíveis em toda cozinha que se preze. Desde as inevitáveis frituras até a elaboração de temperos para saladas, não há quem consiga cozinhar sem utilizá-los. Entretanto, apesar do uso (quase que) universal, pouca gente sabe que a escolha de um óleo pode ser decisiva no sucesso de um prato. Alguns óleos são mais saborosos, emprestando sabor à comida, outros mais resistentes ao calor, ideais à fritura, outros insípidos, não interferindo no sabor do alimento. Entenda, agora, qual o óleo mais indicado para cada processo gastronômico e o porquê.
Tipos de óleos
O óleo é uma gordura que, à temperatura ambiente, apresenta-se no estado líquido, com estrutura química baseada em uma mistura de ácidos graxos. No Brasil, os óleos mais encontrados nos supermercados são feitos à base das sementes de soja, amendoim, girassol, milho, canola, algodão e arroz. Isso sem contar o inconfundível azeite de oliva, produzido a partir do caroço da azeitona. Cada uma das sementes empresta características diferentes ao produto final. A diferença mais marcante, no entanto, diz respeito ao tipo de insaturação presente nas cadeias de ácidos graxos dos óleos.
Os óleos de soja, de girassol e de milho, por exemplo, apresentam maior presença de ácidos graxos poliinsaturados. Tais gorduras reduzem tanto o colesterol LDL como o colesterol HDL. Justamente por isso, existem ressalvas ao seu consumo.
“Algumas pesquisas indicam que o HDL previne o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Por isso, diminuir o nível desse colesterol no sangue pode gerar problemas a longo prazo”, afirma Rafael Bedore, engenheiro de alimentos da Sementes Esperança , indústria de alimentos que fabrica óleo de amendoim. “Entretanto, se a saúde estiver em dia, a utilização desses produtos não é proibida”, comenta.
Já os óleos de amendoim e canola e o azeite de oliva apresentam grande quantidade de gorduras monoinsaturadas. Seu consumo está diretamente relacionado à diminuição dos níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue, sem, no entanto, eduzir a quantidade do colesterol bom (HDL) – o que atua na redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Tal propriedade torna o seu consumo imperativo a uma dieta saudável. Principalmente para quem apresenta alterações nas taxas de colesterol.
A saúde agradece
Mesmo em meio aos óleos monoinsaturados, algumas características específicas de cada estrutura química devem ser levadas em conta na hora do uso. As propriedades de sabor, aroma e, principalmente, ponto de oxidação são fatores a serem considerados na escolha do óleo correto.
Segundo Bedore, o óleo mais indicado para ser ingerido cru é o azeite de oliva. “Por não passar por nenhum processo de refinação, o azeite mantém suas características de sabor e aroma, sendo ideal para temperar saladas. Os óleos de amendoim e canola também podem ser ingeridos crus. Esses óleos não apresentam sabor ou aroma”, pontua Bedore. “Durante a refinação, o processo de desodorização retira todo o aroma e sabor, restando apenas as estruturas de ácidos graxos”, explica o engenheiro.
Resistência à oxidação
Quando o assunto é o aquecimento do óleo o cenário muda. Para que um óleo permaneça saudável é preciso que ele suporte temperaturas elevadas (180˚C a 200˚C) sem sofrer alterações em sua estrutura – o que não é observado no azeite de oliva, que oxida a uma temperatura de 180 ºC. Justamente por isso os óleos indicados para fritura são os de amendoim e canola refinados.
“O óleo de amendoim é o que mais suporta o aquecimento, mantendo suas características a até cerca de 220 ºC, sem sofrer processo de oxidação ou outro tipo de mudança química. Além disso, o óleo de amendoim não queima com facilidade e é menos absorvido pelos alimentos, o que aumenta o seu rendimento, impede que o alimento fique encharcado ou com gosto de ranço ”, afirma Bedore.
Ainda segundo o engenheiro, o óleo de amendoim não deixa o ambiente com cheiro de fritura e não transfere gosto aos alimentos. Além disso, graças ao processo de refinação, todos os traços de proteína de amendoim e outras substâncias que causam alergia são retirados do óleo.
Cuidado
Apesar de nem todos os óleos vegetais serem benéficos à saúde, não há gordura mais perigosa que a animal. De acordo com Bedore, as gorduras saturadas são extremamente nocivas ao organismo. “Aquelas gorduras que se apresentam no estado sólido em temperatura ambiente, geralmente de origem animal, são as grandes responsáveis pelo aumento do colesterol ruim, acumulando placas de gordura nas artérias e elevando o risco de problemas no coração (LDL)”, afirma.
Fonte: http://www.crn5.org.br/compos.php?m=site.item&item=321&idioma=br
Tipos de óleos
O óleo é uma gordura que, à temperatura ambiente, apresenta-se no estado líquido, com estrutura química baseada em uma mistura de ácidos graxos. No Brasil, os óleos mais encontrados nos supermercados são feitos à base das sementes de soja, amendoim, girassol, milho, canola, algodão e arroz. Isso sem contar o inconfundível azeite de oliva, produzido a partir do caroço da azeitona. Cada uma das sementes empresta características diferentes ao produto final. A diferença mais marcante, no entanto, diz respeito ao tipo de insaturação presente nas cadeias de ácidos graxos dos óleos.
Os óleos de soja, de girassol e de milho, por exemplo, apresentam maior presença de ácidos graxos poliinsaturados. Tais gorduras reduzem tanto o colesterol LDL como o colesterol HDL. Justamente por isso, existem ressalvas ao seu consumo.
“Algumas pesquisas indicam que o HDL previne o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Por isso, diminuir o nível desse colesterol no sangue pode gerar problemas a longo prazo”, afirma Rafael Bedore, engenheiro de alimentos da Sementes Esperança , indústria de alimentos que fabrica óleo de amendoim. “Entretanto, se a saúde estiver em dia, a utilização desses produtos não é proibida”, comenta.
Já os óleos de amendoim e canola e o azeite de oliva apresentam grande quantidade de gorduras monoinsaturadas. Seu consumo está diretamente relacionado à diminuição dos níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue, sem, no entanto, eduzir a quantidade do colesterol bom (HDL) – o que atua na redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Tal propriedade torna o seu consumo imperativo a uma dieta saudável. Principalmente para quem apresenta alterações nas taxas de colesterol.
A saúde agradece
Mesmo em meio aos óleos monoinsaturados, algumas características específicas de cada estrutura química devem ser levadas em conta na hora do uso. As propriedades de sabor, aroma e, principalmente, ponto de oxidação são fatores a serem considerados na escolha do óleo correto.
Segundo Bedore, o óleo mais indicado para ser ingerido cru é o azeite de oliva. “Por não passar por nenhum processo de refinação, o azeite mantém suas características de sabor e aroma, sendo ideal para temperar saladas. Os óleos de amendoim e canola também podem ser ingeridos crus. Esses óleos não apresentam sabor ou aroma”, pontua Bedore. “Durante a refinação, o processo de desodorização retira todo o aroma e sabor, restando apenas as estruturas de ácidos graxos”, explica o engenheiro.
Resistência à oxidação
Quando o assunto é o aquecimento do óleo o cenário muda. Para que um óleo permaneça saudável é preciso que ele suporte temperaturas elevadas (180˚C a 200˚C) sem sofrer alterações em sua estrutura – o que não é observado no azeite de oliva, que oxida a uma temperatura de 180 ºC. Justamente por isso os óleos indicados para fritura são os de amendoim e canola refinados.
“O óleo de amendoim é o que mais suporta o aquecimento, mantendo suas características a até cerca de 220 ºC, sem sofrer processo de oxidação ou outro tipo de mudança química. Além disso, o óleo de amendoim não queima com facilidade e é menos absorvido pelos alimentos, o que aumenta o seu rendimento, impede que o alimento fique encharcado ou com gosto de ranço ”, afirma Bedore.
Ainda segundo o engenheiro, o óleo de amendoim não deixa o ambiente com cheiro de fritura e não transfere gosto aos alimentos. Além disso, graças ao processo de refinação, todos os traços de proteína de amendoim e outras substâncias que causam alergia são retirados do óleo.
Cuidado
Apesar de nem todos os óleos vegetais serem benéficos à saúde, não há gordura mais perigosa que a animal. De acordo com Bedore, as gorduras saturadas são extremamente nocivas ao organismo. “Aquelas gorduras que se apresentam no estado sólido em temperatura ambiente, geralmente de origem animal, são as grandes responsáveis pelo aumento do colesterol ruim, acumulando placas de gordura nas artérias e elevando o risco de problemas no coração (LDL)”, afirma.
Fonte: http://www.crn5.org.br/compos.php?m=site.item&item=321&idioma=br
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Curso: Metabolismo e Fisiologia do colesterol e lipoproteínas nas doenças cardiovasculares
Início: 09/10 - aulas aos sábados pela manhã.
Faculdade Ruy Barbosa - Campus Paralela - Salvador - BA
Informações: 71 - 2106-3911 // 2106-3954
E-mails: csoares@frb.edu.br // apereira2@area1.edu.br
Confira no Blog do curso: http://www.estudointegradofisiologiaemetabolismo.blogspot.com
Faculdade Ruy Barbosa - Campus Paralela - Salvador - BA
Informações: 71 - 2106-3911 // 2106-3954
E-mails: csoares@frb.edu.br // apereira2@area1.edu.br
Confira no Blog do curso: http://www.estudointegradofisiologiaemetabolismo.blogspot.com
JUNTOS NA REVITALIZAÇÃO DA ANBA
A Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) se uniu à Associação de Nutrição da Bahia (ANBA) em um grande movimento de revitalização da entidade no estado. Como parte das iniciativas, a presidente da ASBRAN, Drª Márcia Fidelix fará uma palestra para estudantes e nutricionistas.
Palestra Gratuita: Planejamento de Carreira e Marketing Pessoal.
Data: 17 de novembro, quarta-feira.
Hora: 19:00 às 20:30h
Local: Avenida Araújo Pinho, n° 32, ENUFBA - Escola de Nutrição da UFBA - sala 06.
Prticipem!
Palestra Gratuita: Planejamento de Carreira e Marketing Pessoal.
Data: 17 de novembro, quarta-feira.
Hora: 19:00 às 20:30h
Local: Avenida Araújo Pinho, n° 32, ENUFBA - Escola de Nutrição da UFBA - sala 06.
Prticipem!
Lançamento do Livro Nutrição em Saúde Pública
Foi lançado nesta semana o livro Nutrição em Saúde Pública, com temas atuais e relevantes para os programas e políticas de Nutrição. Regina Maria Ferreira Lang e José Augusto Taddei estão entre os editores do livro. Em 39 capítulos, encontram-se inúmeras dimensões da nutrição, abordando diferentes campos do conhecimento envolvendo o processo de alimentação e nutrição com a prática do nutricionista, como também implementação de ações no âmbito governamental.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
NOTA DE ESCLARECIMENTO – FEIJÃO E DOENÇA DE CHAGAS
Entre no Link para ver a reportagem sobre Feijão X Doença de Chagas.
Essa reportagem esclarece que a Doença de Chagas não é veiculada pelo feijão.
http://nuppre.ufsc.br/?p=685
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Ação Faculdade Ruy Barbosa - Orla de Salvador
No dia 23/01/09 houve uma ação realizada pela Faculdade Ruy Barbosa, pelos docentes e coordenadores, com o objetivo de divulgar os novos cursos de saúde: Nutrição, Enfermagem, Fisioterapia e Educação Física. Nessa ação, foram desenvolvidas atividades de atendimento ao público que transitava pela orla de Salvador, como: Orientações nutricionais e diagnóstico nutricional através do IMC (Índice de Massa Corpórea), assim como circunferência da cintura; aferição de pressão, orientações físicas e fisioterápicas.
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