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terça-feira, 31 de maio de 2011

Novidade na Indústria de Alimentos: Margarina Probiótica e Simbiótica

Margarina probiótica e simbiótica sem gordura trans
Uma margarina probiótica e livre de gorduras trans acaba de ser testada e aprovada em pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP.

Depois de avaliarem oito formulações, os cientistas obtiveram um produto livre das gorduras hidrogenadas, e que contém ácidos graxos essenciais (ácidos linoleico e linolênico).
"A margarina contém em sua formulação uma mistura de óleos de palma e canola, o que é positivo à saúde humana", conta a bióloga Cinthia Hoch Batista de Souza.
Probióticos

Segundo a pesquisadora, um produto para ser considerado probiótico deve ter uma concentração mínima de 106 unidades formadoras de colônias de micro-organismos probióticos por grama de produto (ufc/g), de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Dentre as formulações testadas, 6 apresentaram populações acima de 106 ufc/g de micro-organismo probiótico durante todo o armazenamento estudado, que foi de 35 dias", aponta. Os cientistas usaram nas formulações o Bifidobacterium animalis subsp. lactis Bb-12.
Cinthia explica que o micro-organismo probiótico B. animalis Bb-12 exerce várias funções positivas no intestino humano, principalmente no cólon.

"Ele impede que bactérias patogênicas se multipliquem no intestino, por exemplo, e o consumo da margarina desenvolvida pelo nosso grupo de pesquisa pode colaborar com o aumento das defesas do organismo", garante a pesquisadora.
Além disso, o consumo dos produtos probióticos repõe os micro-organismos probióticos no intestino, aumentando suas populações.

Formulação simbiótica
Entre as formulações testadas, os cientistas também obtiveram um produto simbiótico.
Cinthia explica que, nesta margarina, a contagem do probiótico também foi satisfatória, sendo acima da quantidade exigida pela Anvisa. "Para obtermos um produto simbiótico acrescentamos na formulação um ingrediente prebiótico", descreve a pesquisadora.

Nos testes, Cinthia acrescentou um prebiótico chamado inulina. Assim, um produto simbiótico resulta da combinação de probióticos e prebióticos.
A cientista explica que o ingrediente prebiótico, no caso a inulina, pode ser metabolizado pelo micro-organismo probiótico. "Nas formulações adicionadas de 3% de inulina obtivemos maiores contagens de B. animalis Bb-12, atingindo 108 ufc/g ao término do armazenamento em uma das formulações", contabiliza.

Margarina probiótica e simbiótica

As pesquisas de Cinthia tiveram início em 2006. Durante o estudo, as formulações de margarina (probiótica e simbiótica) foram submetidas a testes para avaliação sensorial com 60 provadores em períodos de armazenamento diferentes."Todos deram boas notas aos produtos. Uma das poucas diferenças encontradas em relação às margarinas convencionais foi em relação à textura da margarina que teve uma alteração mínima", lembra Cinthia.

Os estudos da pesquisadora geraram uma patente. Ela lembra, no entanto, que para que sejam realizados testes para a industrialização serão necessárias algumas adequações. "Nossos produtos foram elaborados em escala laboratorial", lembra.

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